quarta-feira, 24 de setembro de 2008

FCC - TRT/AL (SUPERIOR 2008)

IMPORTANTE!! As questões de português devem ser lidas com bastante atenção. Assim, evitam-se as pegadinhas. Nesta prova, foram marcadas em vermelho as questões que requerem um pouco mais de cuidado.

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1. Esta questão é respondida logo na primeira linha do texto: "A palavra ética é empregada nos meios acadêmeicos...". Resposta:(E)

2. "Objeto descritível de uma ciência" remete o candidadto ao primeiro parágrafo: "...disciplina que se propõe a descrever as normas morais...". Resposta: (B)



3. A resposta desta questão está no trecho "...o que se pode resumir como qualificação do comportamento do homem como ser em situação." Resposta: (A)


4. (A) e (B) são falsas pelo que é dito no final do 3º parágrafo: "...Ética não mais surgiria...de uma descrição ou reflexão". A resposta desta questão é dada pelo significado da palavra prescrição (jur.): extinção de um direito ou de uma obrigação cujo cumprimento se não exigiu dentro do prazo legal. Existe uma preocupação em que a conduta esperada não ocorra. Resposta:(C)

5. Antes da resposta, é importante fazermos a diferença entre tão pouco, tão-pouco e tampouco:

Tão pouco = bem pouco
Você se aborrece por tão pouco?Tampouco = nem
Você não me acusou e tampouco me ofendeu.Tão-pouco = (variante de tampouco)
Você não me acusou e tão-pouco me ofendeu.
Resposta: (D)


6. (A) é falsa porque o verbo cujo sujeito é oracional (especular) fica na 3ª pessoa do singular. (B) é falsa porque o verbo fazer deve concordar com o sujeito da voz passiva analítica: "Referências são feitas...". (C) é falsa pelo mesmo motivo da letra A: sujeito oracional. (D) é falsa porque o verbo derivar deve concordar com o sujeito (o efetivo valor) que está no singular. (E) é verdadeira porque o verbo está na 3ª do singular para concordar com o sujeito oracional (atentar...). Resposta: (E)


7. (A) é falsa: "as 3 acepções...que se mencionam...". (C) é falsa: "...distinguir ética de moral...". (D) é falsa: mesmo se refere a quê? (E) é falsa: Não se separa o substantivo do seu complemento nominal (Os saberes humanos aplicados do conhecimento...). Resposta: (B)


8. Transpondo-se para a passiva, o sujeito da voz ativa (os valores morais) vira agente da passiva: O balizamento do agir seria dado pelos valores morais. Resposta: (A)


9. I - Falso. O moralizador também se preocupa com os padrões morais, mas nos outros. Em várias partes do texto podemos verificar isso: "...o moralizador quer impor ferozmente aos outros os padrões que ele não consegue respeitar."
II - Falso. Os outros podem agir como ele, mas não por imposição. Observe o trecho: "...ele pode agir para levar os outros a adotar um padrão parecido com o seu."
III - Verdade. Quando ele impõe padrões morais, parece que ele os segue, mas é puro fingimento.
Resposta: (C)


10. No primeiro parágrafo, há uma distinção entre o homem moral e o moralizador depois de um bom século de estudos de psicologia e psiquiatria. Resposta: (D)



11. A resposta desta questão está no final do texto: "...um mundo em que todos pagam pelos pecados de hipócritas...". Resposta: (B)


12. Relevante significa importante, significativo e corolário, proposição resultante de uma verdade já demonstrada. Portanto, a substituição seria por "significativos desdobramento dela". O entendimento seria este: A distinção entre ambos tem alguns significativos desdobramentos dela (da distinção que já foi feita). Resposta: (A)


13. Na letra E, temos uma perfeita relação entre os tempos presente do subjuntivo (venham) e presente do indicativo (respeitam). O presente do indicativo pode ser usado para expressar uma ação habitual ou uma faculdade do sujeito, e o presente do subjuntivo pode ser usado nas orações substantivas quando a principal exprime vontade, sentimento ou dúvida. Resposta: (E)


14. Observem sempre a regência do verbo posposto ao pronome relativo. (A) é falsa. A construção seria "acusar-se de imperfeições" ou "acusar imperfeições em si mesmo". (B) é falsa. Cujo e flexões não admitem artigo. (C) é falsa. O certo seria "Os pecados nos quais..." ou "o moralizador insiste reincidir nos pecados". (D) é verdade. "...da qual..." = "os homens não abrem mão da qualidade" e "a quem" = "não se pode acusar os homens de hipócritas". Aqui, o pronome relativo "quem" com verbos transitivos diretos virá sempre preposicionado com a preposição a. É o objeto direto preposicionado. (E) é falsa. Além da regência errada (de cujo), o pronome relativo cujo precede sempre um substantivo sem artigo. Uma construção correta seria: ...cujo padrão ele próprio não respeita. Resposta: (D)


15. "Parecem ciumentos..." mostra uma opinião/crítica do autor. Resposta: (B)
16. Teimoso = obstinado, persistente e aproveitamento = ato ou efeito de aproveitar, utilização. Resposta: (C)
17. I - Aventurar-se a consumir uma sardinha ou cação que podem estar estragados (V)
II - Os feirantes alegam. O autor só reproduz no texto o que eles disseram. (V)III - O trecho "entre risos e gritos" mostra que nem tudo está superado. (F)Resposta: (D)


18 - Não fosse... = Se não fosse o persistente cheiro de peixe (significa que o cheiro de peixe existia)
Mesmo não sendo = sendo ou não sendo, ninguém perceberia. Resposta: (E)

19. Questão que pode deixar o candidato em dúvida entre as letras A e D. (A) é falsa. Aqui existe um objeto direto pleonástico. Isso pode induzir o candidato a achar que frutas e verduras é sujeito, mas não é. A ordem correta seria "quem não pode pagar não deixa de recolher frutas e verduras". A repetição de "frutas e verduras" em forma de pronome é o objeto direto pleonástico. A letra (D) é a verdadeira. Sempre tentem colocar a frase na ordem direta, com o sujeito na frente: "Os penosos detalhes da coleta deixam de sensibilizar a pouca gente...". Resposta: (D)

20. Observem que nas letras B, C, D e E temos a vírgula separando um advérbio ou locução adverbial antes do verbo. Desta forma, pode-se ter ou não a vírgula presente na frase. Vejam a letra D, por exemplo: o verbo está depois do advérbio de afirmação, o que permite sua supressão sem alteração de sentido. Agora, na letra (A) temos uma oração subordinada adjetiva explicativa. Esta deve vir entre vírgulas. Se tirarmos a vírgula, ela passará a ser subordinada adjetiva restritiva. Veja exemplos dessas duas orações em http://portuguesnapratica.blogspot.com/2008/09/cespe-trtdf-2005.html, questão 3. Resposta: (A)


quinta-feira, 18 de setembro de 2008

CESPE - ABIN (2004)

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Observem, nestas questões do CESPE a mistura das matérias português e atualidades. O objetivo principal é comentar as questões de português.


1. Existem alguns casos em que o sujeito composto e da 3ª pessoa pode ter o verbo no singular. ATENÇÂO!! Eu disse PODE. São eles:

a) Os núcleos do sujeito são sinônimos
A decência e honestidade ainda reinava (ou reinavam).
b) Os núcleos estão em gradação
Uma ânsia, uma aflição, uma angústia repentina começou (ou começaram) a me apertar a alma.
c) Os núcleos do sujeito estão pospostos ao verbo: este poderá concordar com o substantivo mais próximo.
Aqui é que reina (ou reinam) a paz e a alegria nas boas consciências.
Existem outros casos especiais de concordância. Estude-os.
Nesta questão, não existe nenhuma das 3 opções. O que há é um sujeito composto da 3ª pessoa e anteposto ao verbo. Neste caso, o verbo fica na 3ª pessoa do plural somente.
"A criação...e a consolidação permitem..." Resposta: (E)

2. Todas as expressões se encaixam. Sem muitos comentários aqui. Resposta: (C)

3. O sinal indicativo de crase em "às ameaças" vem do trecho "...no que diz respeito a...". Observe: ...diz respeito ao aproveitamento...,aos antagonismos e às ameaças... Resposta: (E)

4. ANULADA

5. A elipse é a omissão de um termo facilmente subentendido e na questão não podemos subentender a palavra "diplomática". Veja mais sobre elipse na questão 14 da prova CESPE TRT/DF (2005).

6. Um artifício utilizado na impessoalização de um texto é colocá-lo na voz passiva e é o que encontramos aqui nesta questão. O distanciamento do autor também caracteriza a impessoalização de um texto. Resposta: (C)

7. O particípio passado do verbo fluir é FLUÍDO. Resposta: (E)

8. A região amazônica não corresponde ao maior intercâmbio COMERCIAL do Brasil. A fronteira amazônica é considerada estratégica por uma questão de segurança nacional. Observem, nas questões do CESPE que nem tudo está no texto porque ele mistura português e atualidades. Resposta: (E)

9. O que são os sentidos denotativo e conotativo? O sentido denotativo é o sentido real da palavra. O conotativo é o sentido figurado ou com figuras de linguagem. Observem nesta questão que a palavra blindagem não está sendo utilizada no seu sentido real: "...programa de blindagem da amazônia...". A palavra blindagem foi utilizada no sentido de segurança. Não se blinda um programa no sentido real da palavra. Blindagem, no sentido real, significa uma ação de blindar, revestir com aço. Resposta: (E)

10. A "blindagem da amazônia" como dito na questão anterior é a seguraça desta área para evitar justamente a ação de guerrilheiros e a entrada de drogas. Resposta: (C)

11. Flotilha significa pequena frota e não tem nada a ver com o dito na questão. Resposta: (E)

12. Acho que existe uma troca nesta questão: As ações criminosas é que justificam um sistema integrado de vigilância. Resposta: (E)

13. Claro que se justifica. Questão de segurança nacional. As ações criminosas ficariam impunes sem um programa de vigilância na região. A questão do desmatamento é fortíssima. Está toda hora na imprensa. Não mudou muito de 2004 para cá, mas precisa acabar. Resposta: (E)

14. Tanto as vírgulas como os parênteses podem substituir os travessões nesta questão sem prejuízo sintático e gramatical. Acessem a Novíssima Gramática da Língua Portuguesa de Domingos Paschoal Cegalla, páginas 433 e 434. Todos estes sinais de pontuação servem para isolar frases intercaladas de caráter explicativo. Resposta: (C)

15. São formas equivalentes que não causam prejuízo ao texto. Na troca, deve ser usada a mesóclise porque a forma verbal é do futuro e não existe nenhum termo anterior que atraia o pronome para a próclise. Resposta: (C)



16. A tendência existe. O exemplo é a segurança. A cada olimpíada que passa, os gastos com a segurança são maiores. Resposta: (C)

17. No texto, quando ligamos 11 de setembro (l.1) a segurança (l.5) e a ataques terroristas (l.7) temos a lembraça do ataque terrorista de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos da América. Resposta: (C)

18. No texto, existe uma elipse na primeira linha onde podemos subentender que a síndrome ocorreu em 11 de setembro. A conclusão que tiramos de todo o trecho proposto na questão é que só houve uma inversão de termos que não afeta o sentido original. Resposta: (C)

19. Comando remoto de Saddam? Que história é essa? George W. Bush invadiu o Iraque porque ele estava querendo um motivo para isso, mas na verdade o motivo foi o petróleo. Resposta:(E)

20. Cerca de significa aproximadamente. Acerca de significa sobre. Na substituição, o texto fica incorreto, sem sentido. Resposta: (E)

21. Na linha 7, existe uma referência à palavra ataque: "...evitar ataques terroristas, como o ataque que ocorreu..." ou "...ataques terroristas, como o que ocorreu...". Existe novamente aqui uma elipse. Vejam como o CESPE gosta de elipse (kkk...). O "o" de "o que ocorreu" é um pronome demonstrativo que pode ser substituído por "...aquele que ocorreu..." e o "que" é um pronome relativo ao "o" anterior que se refere a ataque (elipse). Resposta: (E)

22. Poderia existir mais incentivo ao esporte brasileiro sem a necessidade de se criar um ministério específico. Apenas não existe o incentivo necessário para que o país tenha resultados melhores. Resposta: (E)

23. Se fizermos a leitura entre as linhas 10 e 14 veremos que o "do" dito na questão vem de "parte". veja como seria a ordem direta: "...faz parte do esquema grego o sistema de navegação..." Resposta: (E)

24. Alemanha faz parte da União Européia e aparece na linha 12 como um dos países colaboradores do sistema de segurança. Resposta: (E)

25. Os textos literários preferem a linguagem figurada o que é apresentado na linha 14 quando se omite (zeugma - espécie de elipse: olha a elipse de novo!!) a preposição "de". Assim, a substituição sugerida não é um recurso de subjetividade próprio dos textos literários. Resposta: (E)

26. O candidato precisa saber um pouco de cultura geral para responder questões do CESPE. O ato constitutivo da Organização do Tratado do Atlântico Norte foi assinado em Washington em 4 de abril de 1949, como resultado das tensões acumuladas na fase inicial da Guerra Fria entre as duas grandes potências vencedoras da II Guerra Mundial. Resposta: (C)

27. Aqui, a palavra chave é ESTIMULA. Estimular é uma coisa, criar é outra. É bom não confundir. O MERCOSUL estimula a formação, mas não é ele que forma. Quer se enfatizar aqui a competição entre os mercados mundiais. Resposta: (C)

28. A expressão "bloco" é um elemento de coesão do texto que remete o leitor à palavra MERCOSUL. Resposta: (C)

29. Mesma coisa da questão 26: cultura geral. A aproximação entre Brasil e Argentina ocorreu na década de 80 e, em 1990, assinaram o Tratado de Buenos Aires, consolidando uma integração econômica entre as duas nações. Em 26 de março de 1991 foi assinado o Tratado de Assunção, nesse entrou além de Brasil e Argentina, Paraguai e Uruguai. A integração entre os países membros permitiria a implantação de um mercado comum. Surgia o MERCOSUL. Resposta: (C)


30. Na linha 6, o texto diz que esse mecanismo precisa ser fortalecido. Precisa porque é frágil. Resposta:(C).

31. Haja visto não existe. A expressão é haja vista que significa veja, vide. "Vista", na expressão, tem o sentido de olho, por isso não pode ser "visto". Resposta: (E)

32. Em julho de 2004, o governo argentino decidiu restringir a importação de eletrodomésticos do Brasil, por isso o texto cita "...as últimas divergências...". Resposta:(C)

33. Aqui, o candidadto tem que saber comparar o potencial produtivo de cada país e verificar que a alternativa não tem sentido. Resposta: (E)

34. Aqui, o candidato deve saber comparar as características do Mercosul com a União Européia. Resposta:(E)

35. O subjuntivo é um modo que enuncia um fato possível, duvidoso, hipotético. Denota que uma ação, ainda não realizada, é concebida como dependente de outra. Nesta construção do texto, pode-se usar tanto o pretérito imperfeito como o futuro do pretérito. Resposta: (C)

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

CESPE - TRT/DF (2005)

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1. É sempre importante observar o que a questão pede. O pronome este, entre outras funções, é utilizado em tempo presente. Esse é utilizado para um passado próximo e aquele para um tempo distante. Mas a questão pede coesão e correção gramatical que são atendidas perfeitamente por "nessa época" e "naquela época". Resposta: (C)

2. O termo com que concorda dotados é "tais funcionários de el-Rei" que é o sujeito de organizaram-se e constituíram. Como o núcleo do sujeito está no plural, os verbos devem concordar com ele. Resposta: (C)

3. Se for colocada uma vírgula depois de criminais, a oração seguinte (...que envolvessem sentenças de morte.) torna-se subordinada adjetiva explicativa. Sem a vírgula, a oração é subordinada adjetiva restritiva. Essas orações são determinadas pela presença do pronome relativo. Portanto, se colocarmos a vírgula, altera o sentido do período.

Vejam os exemplos abaixo e observem a diferença entre as orações subordinadas adjetivas:

a) Os jogadores do flamengo que são pernas-de-pau ganham um salário mínimo. (Adjetiva restritiva, ou seja, só os que são pernas-de-pau).

b) Os jogadores do flamengo, que são pernas-de-pau, ganham um salário mínimo. (adjetiva explicativa, ou seja, todos são pernas-de-pau).
Resposta: (E)

4. Em questões de concordância verbal, sempre procurem o sujeito do verbo. Este sempre tem que concordar com aquele. Assim, o sujeito de envolvessem é o pronome relativo (que) que se refere a causas criminais, que está na 3ª pessoa do plural (eles). Assim, o verbo deve ficar na 3ª pessoa do plural para concordar com o sujeito. Resposta: (E)

5. Observem aqui que algumas das expressões apresentadas como possíveis substitutas têm a forma verbal no pretérito perfeito e ficam desconexas com a forma verbal seguinte "trazer". Esta forma teria que ir também para o passado perfeito (ex:...quando estabeleceu o governo geral e trouxe...). Basta isso para tornar o item errado. Atentem também para o trecho que diz "... sem outras modificações no texto,...". Resposta: (E)

6. Nos casos que envolvem os pronomes relativos, observem a regência do verbo posterior a ele. Neste caso, o verbo recorrer rege a preposição a (quem recorre, recorre a alguém). Invertendo a frase, vemos melhor a regência deste verbo: "podia-se recorrer ao Ouvidor-Geral..." Resposta: (C)

7. Só se emprega a vírgula antes da conjunção coordenativa e nos seguintes casos:

a) quando o e não tem valor aditivo:
Esforçou-se bastante, e não obteve sucesso. (coordenada adversativa)

b) quando as orações apresentam sujeitos diferentes:
"...um deitou-se na rede, e outro telefonava."

c) quando o e aparece repetido (polissíndeto):
"Ama, e treme, e delira, e voa, e foge, e engana."
Portanto, observem que os sujeitos desta questão são diferentes: ..., a função do ouvidor está..., e as experiências...têm... . Resposta: (C)

8. Bem, com o texto original, já vimos que "as experiências" é sujeito. Se colocarmos crase em "às experiências", aparece aí uma preposição que vai estar ligada a "está relacionada" (l.6-7). Nesta nova construção, "às experiências" passaria a ser objeto indireto: "... a função do ouvidor está relacionada às tarefas...e às experiências" (a função do ouvidor estaria relacionada a estas duas coisas). A vírgula também deixaria de existir pelo fato já explicado no item 7. Resposta: (E)

9. Nossas é pronome da 1ª pessoa do plural que inclui quem fala e outras pessoas que dependem do contexto. Observem no texto que o nossas se refere ao autor (que está se incluindo) e ao povo brasileiro (instituições democráticas do Brasil). Resposta: (C)

10. O lhe é pronome de 3ª pessoa e faz o papel de objeto indireto, nunca de objeto direto. Observem também a regência do verbo: "...garantindo os direitos ao cidadão" (verbo transitivo direto e indireto). O "ao cidadão" seria o objeto indireto e está substituído no texto pelo lhe (coesão textual): ...garantindo-lhe os direitos... . Portanto, o lhe refere-se a cidadão. Resposta: (C)



11. Desde que está no sentido de tempo. Outras conjunções de tempo: quando, enquanto, logo que, mal (=logo que), sempre que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que, agora que, ao mesmo tempo que, toda vez que.
ATENÇÃO: A conjunção desque que ainda pode ser causal (Desde que é impossível, não insistirei) e condicional (Comprarei o queadro, desde que não seja caro). Resposta (E)

12. O CESPE costuma cobrar significação de verbos em provas. Aqui, lograr está no sentido de frui, desfrutar. Poderíamos dizer na frase: A ciência não concebeu desfrutar forma mais significativa... Resposta: (E)

13. Esta questão fala do grau comparativo de superioridade do adjetivo. Neste caso, podemos dizer: "...forma mais significativa de expressão da vontade de um povo...do que a estabelecida..." ou "...forma mais significativa de expressão da vontade de um povo...que a estabelecida..." Resposta: (C)

14. Elipse é uma figura de linguagem que omite um termo ou oração facilmente subentendido no contexto. Ainda existe a figura de linguagem chamada zeugma que é uma forma de elipse onde se omite um termo expresso anteriormente. Na questão, podemos subentender facilmente a palavra forma: "...foma mais significativa...do que a (forma) estabelecida". Nesta questão, podemos ser mais precisos e dizer que esta figura de linguagem é a zeugma, pois o termo elíptico foi falado anteriormente. Resposta: (C)

15. Coesão pode ser entendida como a ligação entre as palavras de um texto. Quando se evita repetição de termos no texto, trocando-os por sinônimos que remetam a ele, estamos praticando uma boa coesão. Coesões malfeitas podem levar o texto a ficar incoerente.
Ex: O menino correu excessivamente, porém ficou cansado. (A conjunção adversativa porém remete o leitor a pensar em um sentido contrário, ou seja, correu muito, mas não se cansou. E não é isso que está na frase. Assim, por causa da má aplicação da conjunção (coesão), a frase ficou incoerente). Voltando ao texto, ele remete a Montesquieu, e não a povo. Resposta: (E)

16. Escrevendo-se a frase direta nesta questão, temos: O processo é uma engrenagem complexa.
Sujeito: O processo
Predicado: é uma engrenagem complexa
Entre os dois, no texto, estão termos intercalados onde vemos, entre eles, uma oração subordinada adjetiva explicativa (...,que é o instrumento... ao juiz,...). Resposta: (C)

17. O verbo erigir, no texto, significa criar e no exemplo dado nesta questão significa erguer a prumo, levantar. Infelizmente o candidato deve saber em que sentido está o verbo. Só nesta prova foram duas questões sobre significado de verbos. Resposta: (E)

18. A regência de situado é em na contração no (em+o). Ao primado é regido pela palavra acatamento. Resposta: (E)

19. Se invertermos a frase, verificamos a que palavra do qual se refere: "...não pode se afastar do conjunto de regras e valores...". Observe que qual aqui é um pronome relativo que aparece antecedido da preposição de (de+o) porque o verbo, afastar-se, posterior a ele, rege a preposição de (quem se afasta, afasta-se de...). Resposta: (C)

20. Em muitos casos, os elementos de coesão referem-se a um termo anterior e o candidato deve perceber que termo é esse relendo o trecho. Aqui, "a esse pretexto" refere-se ao aplicador não poder se afastar..., ou seja, a esse pretexto de não poder se afastar do conjunto... Resposta: (E)


quarta-feira, 3 de setembro de 2008

FCC - TRT/BA (2003)

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1. A interpretação é uma parte da prova que precisamos de atenção redobrada. Nesta questão, por exemplo, o leitor poderia ficar entre a A e D, mas a certa é a D porque a A é descartada pelo penúltimo parágrafo. Nele, o autor diz que os jornalistas adotam o princípio do falso impacto pra não confundir o leitor, partindo do pressuposto que este não tem condições de compreender um título que contenha dois fatos.

2. Aqui, a dúvida poderia ficar entre a letra B e E. Marcaríamos a E porque ela se confirma logo no início do último parágrafo (..., editores...recorrem a manchetes...).

3. A chave desta questão está no trecho "...pressuposto reacionário..." que quer dizer jornalistas conservadores que fazem suposições antecipadas ou preconceitos. Resposta: letra B.




4. A resposta é a letra E. O verbo deve ficar no plural quando os núcleos do sujeito forem ligados pelo conectivo "OU" sem exclusão. A letra A está errada porque, quando o sujeito é oracional, o verbo fica na 3ª do singular (Aos editores...cabe recorrer...). Existe a concordância com o núcleo do sujeito nas letras B (Um...acabou) e C (O respeito...constitui). Na letra D, temos um sujeito indeterminado acompanhado do índice de indeterminação do sujeito (se) e, o verbo, neste caso, fica na 3ª do singular. O índice de indeterminação do sujeito é detectado com verbos intransitivos ou transitivos indiretos. Neste caso, quem recorre, recorre a ... verbo transitivo indireto (Quando se recorre...).

5. Nesta questão, o concurseiro precisa saber o que significa a palvara COTEJAR. Cotejar significa confrontar, comparar. Assim, a resposta desta questão também é a letra E. As duas frases têm um sentido de finalidade: para... = a fim de...

6. A chave desta questão é saber que a palavra senão existe e pode ter vários significados: ou (do contrário), mas, exceto. Assim, na letra A temos a nossa resposta. O senão, neste caso, equivale a exceto e as frases ficam equivalentes.

7. O agente da passiva vira sujeito da voz ativa, portanto uma assembléia pode alterar ... . Resposta: letra C.

8. Na letra A, a fim de é separado no sentido de finalidade. Só com este erro poderíamos pular para o próximo item. Não precisaríamos nem saber que acesso é com c. Na letra B, polemizar e deslize são com z. Na letra C, temos a nossa resposta. Na letra D, palavras derivadas de verbos que terminam em TIR escrevem-se com SS. Assim, repercutir - repercussão. Não precisamos nem continuar lendo esta opção. Vamos à letra E: privilegiar é com i. Sem falar que o verbo é abranger com g.

9. Nas letras C, D e E temos conjunções subordinadas concessivas o que as invalidam como resposta. A resposta seria a letra B, no sentido de tempo já que o ministro tinha dado uma declaração uma semana antes.

10. Usa-se o ponto-e-vírgula para separar orações coordenadas de certa extensão, entre outras funções. Isso temos na letra A. Na B, temos uma oração subordinada adverbial concessiva desenvolvida na ordem direta que pode ou não vir separada por vírgula. Na ordem inversa, a vírgula é obrigatória. Na C, existe um esclarecimento que deve ser anunciado com dois-pontos. Na D, não se separam orações subordinadas adjetivas restritivas. Na letra E, Como já dito anteriormente neste item, orações subordinadas adverbiais, neste caso, causais desenvolvidas na ordem direta podem ou não vir separadas por vírgula.

11. Aqui temos uma questão de regência/pronome relativo. Deve-se olhar os verbos que estão depois dos pronomes relativos. Primeiro: quem faz referência, faz referência a ... construindo a frase de uma outra forma teríamos: Alberto Dines faz referência a manchetes, então o certo seria ... manchetes a que Alberto ... . Com a solução do primeiro, já achamos a resposta. Letra D. Se observarmos, vemos que o pronome relativo como encaixa-se perfeitamente no segundo trecho.


12. Depois de ler todo o texto, a resposta é facilmente encontrada no último parágrafo, perto do final. Sem muitos comentários. Resposta é a letra B.

13. Resposta é a letra A. Na letra B, o verbo implicar no sentido de acarretar é transitivo direto, portanto sem preposição. Na C, não existe uma ligação coerente entre as orações. Na D, existe uma conjunção "porque" causal que deve ser junta. Na E, não existe artigo antes de cujas e não se observa também o substantivo depois dele.

14. A resposta desta questão é muito aplicada em redações. Nestas, é importante que afirmações sejam justificadas com exemplos. Isso é o que ocorre na relação entre as afirmações I e II desta questão. O que se afirma em I, é justificado em II com exemplo. A resposta é letra C.

15. Nesta questão temos que observar os verbos. No primeiro, quem participa, participa de..., portanto a substituição seria por dele participam. No segundo, o verbo assistir, no sentido de ver, presenciar, rejeita o pronome lhe. Até aqui já responderíamos a questão (letra E) sem precisar analisar o último sublinhado, mas como estamos comentando é importante citar aqui que o pronome lhe é utilizado em substituição de objetos indiretos, retirando-se os casos em que ele é rejeitado pelo verbo.


16. A articulação correta está na letra C, onde se empregam duas formas verbais no presente do subjuntivo. Nas outras, há divergências entre os tempos verbais.

17. A resposta está na letra E: com sujeito composto, em regra, o verbo deve ir para o plural. Nas outras o verbo deve ficar no singular. Na D, o verbo concorda com Cada um... . Na C, o verbo concorda com Quem... . Na B, temos um índice de indeterminação do sujeito que deixa o verbo na 3ª pessoa do singular. E na A, o verbo concorda com A inteira...

18. Resposta é a letra D. Na letra A, a forma correta seria interviessem. Na B, a forma correta seria ativéssemos e prejudicar-nos-íamos. Na letra C, a forma correta da 3ª do presente do subjuntivo é disponha. Na letra E, a terceira pessoa do futuro do subjuntivo é dispuser.

19. Está inteiramente correta a letra B. Na A, adjuntos adverbiais deslocadaos (entre os turistas estrangeiros) devem vir entre vírgulas. Na C e D, não se separa o sujeito (euforia) do verbo (assenta). Na E, além de ocorrer o mesmo que na A, não se separa a oração principal da oração subordinada substantiva, que pode ser detectada usando o artifício do pronome ISSO: Poucos imaginam ISSO. Como o ISSO está fazendo papel de objeto direto, a oração seria subordinada substantiva objetiva direta.

20. Na letra A e B, não se coloca crase antes de pronome indefinido. Na C, não se coloca crase antes de verbo. A letra D é a nossa resposta. Aqui, o verbo caber pede a preposição a e autoridades é palavra feminina e pede o artigo as (a+as=às). Na outra crase, quem tem acesso, tem acesso a alguma coisa e práticas é palavra feminina que pede o artigo as (a+as=às). Na E, o verbo avaliar não pede a preposição a. O que aparece aí é apenas o artigo a.